FORMAÇÃO DOCENTE PARA A INCLUSÃO: ANÁLISE QUALITATIVA DOS AVANÇOS E DESAFIOS NAS POLÍTICAS EDUCACIONAIS
Resumen
Neste artigo discutimos o quadro atual das políticas públicas de formação de professores para educação especial e inclusiva, tanto a inicial como a continuada. A análise permeia a trajetória histórica da educação especial, marcada pela mudança do paradigma da exclusão para o da inclusão, motivada por movimentos que culminaram em normativas que asseguram direitos e buscam promover a equidade. A atual legislação nacional reforça o direito à educação regular para alunos com deficiência, buscando garantir igualdade de oportunidades. Contudo, há dados preocupantes que indicam, por exemplo, que 93,9% dos professores regentes não possuem formação continuada sobre educação especial. A concretização da inclusão enfrenta desafios consideráveis, dos quais destacamos, justamente, a formação profissional. Apontamos que a formação inicial, quando existente, tende a ser generalista, com escassa abordagem das particularidades da inclusão. Já a formação continuada frequentemente repete essa tendência, carecendo de aportes teóricos e práticos para o instrumentalizar o professor no atendimento às características individuais de seus alunos. No cotidiano escolar observa-se, ainda, a escassez de recursos assistivos para a prática pedagógica inclusiva. Discutimos que, para superar os obstáculos à inclusão, são essenciais estratégias pedagógicas diversificadas, utilização de material adaptado, colaboração entre profissionais, participação das famílias, criação de ambientes educacionais acessíveis e políticas públicas que atendam a crescente demanda gerada pela inclusão. A pesquisa foi realizada por meio de uma revisão de literatura, adotando uma abordagem qualitativa. Nas conclusões registramos que, apesar dos avanços legais, conceituais e práticos, é necessária a ampliação da articulação entre políticas, instituições formadoras e práticas em sala de aula.






